segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Os Engenhos de açúcar
O governo-geral do Brasil
A acção de um capitão-donatário
S. Salvador da Baía
A administração portuguesa do Brasil
1534 - Aplicação do sistema de capitanias entregues a capitães-donatários.
1549 - Início do Governo-Geral.
1572 - Divisão do Brasil por dois governos, um a norte, com sede em São Salvador da Baía, e
outro a sul, com sede no Rio de Janeiro.
1578 - Retorno a um só governo, com sede em São Salvador da Baía.
1608 - Retorno aos dois governos.
1612 - Retorno a um só governo, com sede em São Salvador da Baía.
1621 - Criação do Estado do Maranhão e do Estado do Brasil (capital em Salvador).
1763 - a capital do Estado do Brasil passa de Salvador para o Rio de Janeiro.
A divisão do Brasil em capitanias
Em 1532, D. João III dividiu o Brasil em capitanias, tentando incentivar o povoamento. A partir do litoral, a terra foi repartida em faixas paralelas e irregulares, doadas aos mais ilustres nobres portugueses.
Alguns anos depois, Luís Teixeira desenhava este mapa, onde se encontram assinaladas todas as capitanias que serviram de base aos primórdios da colonização do Brasil. Nele aparecem as capitanias hereditárias com seus respectivos donatários (do Norte para o Sul): Rio Grande, Itamaracá, Pernambuco, Bahia, Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo, Paraíba do Sul e São Vicente. A Bahia, considerada capitania de Sua Majestade, era a sede do governo-geral do Brasil.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Armada de Pedro Álvares Cabral
A armada de Pedro Álvares Cabral era composta por 13 embarcações:
-Nau capitânia (desconhece-se a sua designação): comandada por Pedro Álvares Cabral
-Nau Sota-capitânia (El-Rei): comandada por Sancho Tovar
-Nau (desconhece-se a sua designação): comandada por Simão de Miranda de Azevedo
-Nau (desconhece-se a sua designação): comandada por Aires Gomes da Silva
-Nau (desconhece-se a sua designação): comandada por Vasco de Ataíde
-Nau (Anunciada): comandada por Nuno Leitão da Cunha
-Nau (desconhece-se a sua designação): comandada por Simão de Pina
-Nau (desconhece-se a sua designação): comandada por Luís Pires
-Nau (desconhece-se a sua designação): comandada por Nicolau Coelho
-Caravela (desconhece-se a sua designação): comandada por Bartolomeu Dias
-Caravela (desconhece-se a sua designação): comandada por Diogo Dias
-Caravela (S. Pedro): comandada por Pêro de Ataíde
-Naveta de mantimentos (desconhece-se a sua designação): comandada por Gaspar de Lemos
Viagem de Pedro Álvares Cabral (1500)
Descoberta do Brasil: Extracto da Carta de Pêro Vaz de Caminha (1500)
com as novas do achamento da Terra de Vera Cruz,
Porto Seguro (Brasil), 1 de Maio de 1500.
Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Lisboa
O escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral, Pêro Vaz de Caminha, redigiu esta carta ao rei D. Manuel para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. Datada de Porto Seguro, no dia 1º de Maio de 1500, foi levada a Lisboa por Gaspar de Lemos, comandante do navio de mantimentos da frota.
"[...] E assim seguimos [...] por este mar até que terça-feira [...] 21 dias de Abril topámos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas [...] topámos aves [...] houvemos vista de terra [...] a que o capitão pôs o nome de Terra da Vera Cruz. [...] Pela manhã fizemos vela e seguimos direitos à terra [...] avistámos homens que andavam pela praia. Afonso Lopes [...] meteu-se logo no batel e tomou dois deles. Um deles trazia um arco e seis ou sete flechas [...]. Trouxe-os logo ao capitão em cuja nau foram recebidos com muito prazer e festa. A feição deles é serem pardos [...] avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus [...] os seus cabelos são corredios [...] e um deles trazia uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas [...]. O capitão [...] estava com um colar de oiro ao pescoço. Um deles pôs o olho no colar do capitão e começou de acenar com a mão para terra e depois para o colar como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para o castiçal de prata e assim mesmo acenava para terra [...]. Mostraram-lhes um papagaio; tomaram-no logo na mão e acenaram para terra [...]. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela [...].Ao Domingo de Pascoela, pela manhã, determinou o capitão de ir ouvir missa [...] e assim foi feito [...] Estavam na praia [...] obra de 60 [...] Vieram logo para nós sem se esquivarem [...] Pareceu-me gente de tal inocência que se homem os entendesse e eles a nós seriam logo cristãos [...]"
Carta de Pero Vaz de Caminha(Adaptado)
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
A Rua Nova dos Mercadores
Damião de Góis, Descrição de Lisboa
A Casa da Índia e Mina
Damião de Góis, Lisboa de Quinhentos
A Ribeira das Naus
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
D. Manuel I
D. Manuel I foi rei da Segunda Dinastia (Avis) e o 14º Rei de Portugal. Nasceu em Alcochete a 31 de Maio de 1469 e morreu em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521. Era filho de D. Fernando, Duque de Viseu e de D. Beatriz.
Começou a governar em 1495 e terminou em 1521. Em circunstâncias normais, D. Manuel não seria nunca rei de Portugal. O seu antecessor, D. João II, não deixou descendentes directos, pois o seu único filho legítimo, D. Afonso, morrera aos dezasseis anos, devido a uma queda de cavalo. O parente mais próximo era precisamente D. Manuel, neto paterno do rei D. Duarte e primo e cunhado de D. João II.
Cognominado de O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado, pelos eventos felizes que ocorreram no seu reinado, designadamente a descoberta do caminho marítimo para a Índia (1498) e a do Brasil (1500), D. Francisco de Almeida tornou-se no primeiro vice-rei da Índia (1505) e o almirante D. Afonso de Albuquerque dominou a Índia e assegurou para Portugal o monopólio do comércio das especiarias. Foi o primeiro rei a assumir o título de Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e Índia.
No domínio da política interna o seu governo tendeu abertamente para o reforço do poder régio:
i) reforma os tribunais superiores;
ii) adopta uma política de perseguição a judeus e muçulmanos (decreto de 1496: obriga todos os judeus que não se quisessem baptizar a abandonar o país no prazo de dez meses, sob pena de confisco e morte. Esta política extremista foi talvez tomada por forma a agradar aos reis católicos, e uma das cláusulas do seu contrato de casamento com a herdeira de Espanha, Isabel de Aragão)
iii) reforma dos forais e actualização dos encargos tributários.
iv) a compilação e revisão da legislação, consagrada pelas Ordenações Manuelinas.
Ao nível cultural reconheceu o atraso do ensino universitário, mandando promover a reforma da universidade, estabelecendo entre 1500 e 1504 novos planos de estudo e uma nova administração escolar.
D. Manuel morreu em 1521 e encontra-se sepultado no Mosteiro dos Jerónimos.
Afonso de Albuquerque
D. Francisco de Almeida
domingo, 28 de outubro de 2007
Fortaleza de Ormuz
Com a dominação espanhola de Portugal (1580-1640), Ormuz fica particularmente vulnerável, à semelhança do que aconteceu a outras possessões e fortalezas portuguesas no mundo.
No século XVII, os ingleses aliando-se aos persas (muçulmanos), conquistam Ormuz em 1622, após um longo cerco.
Ormuz
Conquista de Malaca (1511)
sábado, 27 de outubro de 2007
Malaca
Goa
Conquista de Goa (1510)
1510: conquista de Goa. A cidade veio a ser a capital do Império Português do Oriente.
A conquista de praças estratégicas da Índia
Carta de Afonso de Albuquerque ao Rei D. Manuel I (1510)
Em 1509 Afonso de Albuquerque é nomeado 2.º vice-rei da Índia.
O domínio dos mares da Índia
As riquezas da Índia
Portugueses e Muçulmanos no oceano Índico
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Vasco da Gama
Recepção dos Portugueses em Calecute
Chegada dos Portugueses à Índia
Partida da armada de Vasco da Gama (1497)
domingo, 21 de outubro de 2007
Tratado de Tordesilhas (1494)
1492, Cristóvão Colombo
1492, Cristóvão Colombo (1992)
Direcção
Ridley Scott
Elenco
Gerard Depardieu, Sigourney Weaver, Armand Assante, Angela Molina, Fernando Rey, Tcheky Kario
Tempo
150 minutos
Resumo
Chegada de Cristóvão Colombo à América
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Viagem de Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva ao Oriente
Bartolomeu Dias
Passagem do Cabo da Boa Esperança (1488)
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Diogo Cão
Viagem de descoberta do rio Zaire à Serra Parda (1485)
Os Padrões dos Descobrimentos
Viagem e descoberta do Rio Zaire
Garcia de Resende, "Crónica de D. João II"
A Costa da Mina
domingo, 14 de outubro de 2007
Descoberta das Ilhas de Cabo Verde
Fortaleza de Arguim
Povoamento dos Açores (1439)
Descoberta do Rio do Ouro e Pedra da Galé (1436)
Descoberta dos Açores
Descoberta da Ilha da Madeira
Conquista de Ceuta
sábado, 13 de outubro de 2007
A Ilha de S. Tomé
Navegação de Lisboa à ilha de S.Tomé. C. 1540
Construção da fortaleza de S. Jorge da Mina
João de Barros, Ásia
(1) Designava-se por Guiné toda a costa africana.
A chegada dos primeiros escravos africanos a Portugal (1441)
E assim os acabaram de repartir com dificuldade, pois, além do trabalho que tinham com os cativos, o campo estava cheio de gente, assim de Lagos como das aldeias em redor, que deixara aquele dia descansar as mãos em que estava a força do seu ganho,somente para ver aquela novidade. E com estas coisas que viam, uns chorando, outros falando, faziam tamanho alvoroço que estorvavam os que faziam a partilha.
Zurara, Crónica da Guiné. Séc. XV
Os primeiros contactos com os Africanos
Cadamosto, Navegações
Comércio na Costa Ocidental Africana
Diogo Gomes, Relação do Descobrimento da Guiné
O Contrato de Arrendamento a Fernão Gomes
(1) Lugar onde se fazia comércio; o próprio comércio.
A passagem do Cabo Bojador
Depois de doze anos [de tentativas], mandou o Infante armar uma barca da qual fez capitão Gil Eanes, seu escudeiro, o qual, seguindo a viagem dos outros e tocado daquele mesmo temor, não passou das ilhas Canárias. Mas, no ano seguinte [1434],o Infante fez armar outra vez a dita barca e, chamando Gil Eanes de parte, o encarregou muito que se esforçasse para passar aquele cabo. […] De facto, Gil Eanes, desprezando todo o perigo, dobrou naquela viagem o cabo Bojador e passou além, onde achou as coisas muito ao contrário do que ele e os outros até ali presumiam.
Gomes Eanes de Zurara, Crónica da Guiné
Início do Descobrimento da Costa Africana
moveu a procurar, por mar, aquelas terras para ter comércio com elas e sustentar os seus nobres.
Diogo Gomes, Relação do Descobrimento da Guiné