Tinha o infante D.Henrique vontade de saber que terra ficava para além das Canárias e de um cabo que se chama Bojador, porque, até aquele tempo, não se sabia a qualidade da terra que ficava além do dito cabo. […] Mandou, assim, em direcção a essas partes os seus navios, para haver de tudo manifesta certidão.[…] Mas,embora lá enviasse muitas vezes homens que tinham experiência de grandes feitos, nunca nenhum ousou passar aquele cabo Bojador […].
Depois de doze anos [de tentativas], mandou o Infante armar uma barca da qual fez capitão Gil Eanes, seu escudeiro, o qual, seguindo a viagem dos outros e tocado daquele mesmo temor, não passou das ilhas Canárias. Mas, no ano seguinte [1434],o Infante fez armar outra vez a dita barca e, chamando Gil Eanes de parte, o encarregou muito que se esforçasse para passar aquele cabo. […] De facto, Gil Eanes, desprezando todo o perigo, dobrou naquela viagem o cabo Bojador e passou além, onde achou as coisas muito ao contrário do que ele e os outros até ali presumiam.
Depois de doze anos [de tentativas], mandou o Infante armar uma barca da qual fez capitão Gil Eanes, seu escudeiro, o qual, seguindo a viagem dos outros e tocado daquele mesmo temor, não passou das ilhas Canárias. Mas, no ano seguinte [1434],o Infante fez armar outra vez a dita barca e, chamando Gil Eanes de parte, o encarregou muito que se esforçasse para passar aquele cabo. […] De facto, Gil Eanes, desprezando todo o perigo, dobrou naquela viagem o cabo Bojador e passou além, onde achou as coisas muito ao contrário do que ele e os outros até ali presumiam.
Gomes Eanes de Zurara, Crónica da Guiné
Sem comentários:
Enviar um comentário