quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Aqueduto das Águas Livres

Entre as grandes construções públicas do século XVIII, conta-se, o Aqueduto das Águas Livres.
A construção de um aqueduto libertou Lisboa da escassez de água que, até então, se debatia, uma vez que a única área de cidade que tinha água era o bairro da Alfama.
O rei D. João V não financiou esta construção, que foi integralmente paga pelo povo de Lisboa e arredores, através de novos impostos sobre a carne, o vinho, o azeite e outros produtos alimentares. Apesar de só ter sido concluído no século XIX, em 1748 já atendia a função de forner água à cidade.

Características
A sua conduta principal apresenta a extensão de 19 km, embora o comprimento total, incluindo os canais secundários, seja de 58 km. A sua parte mais conhecida são os 35 arcos sobre o vale de Alcântara, o mais alto dos quais mede 65 metros de altura.
Na extremidade do aqueduto, a Mãe d’Água das Amoreiras é uma espécie de castelo que outrora serviu como reservatório.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Coche dos Oceanos

Pormenor do coche dos oceanos, utilizado na embaixada enviada ao papa Clemente XI, em 1716

No coche é representada uma alegoria. As duas figuras da frente simbolizam a ligação dos oceanos Atlântico e Índico que os Portugueses realizaram, com a passagem do cabo da Boa Esperança, atrás Apolo glorifica o feito, ladeado pelas figuras da Primavera e do Verão.
As numerosas embaixadas que D. João V enviou (a Viena, 1707; a Paris, 1715; a Roma, 1709, 1716 e 1718; a Madrid, à China) primaram pelo luxo, ostentação (trajes sumptuosos, coches, distribuição de moedas de ouro e prata à população, são disso exemplo) e procuraram exaltar no estrangeiro a imagem de poder e autoridade do Rei.

A Crescente Burocratização do Estado Português (Séculos XVII e XVIII)

Fonte: O Tempo da História, 11.º ano, 1.ª parte, Porto Editora.
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Em Portugal, na 2.ª metade do século XVII e 1.ª metade do século XVIII, verificou-se uma crescente burocratização do Estado. Com D. João V diminiu progressivamente a capacidade de decisão dos diversos conselhos; o rei procedeu à reforma das secretarias (1736) - núcleo central de governação - redefinindo as suas funções e alterando-lhe o nome.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Formas de tratamento no século XVIII (Portugal)

Documento sobre a importância dos tratamentos, no Portugal do Antigo Regime:
" D. João, por graça de Deus... Faço saber aos que esta minha lei virem, que constando-me a confusão que sucede nos Tratamentos (...) Hei por bem e ordeno o seguinte:
1. Que aos Grandes Eclesiásticos e Seculares destes Reinos se fale e escreva por Excelência; e no alto de todos os papéis que se lhes escreverem, como também nos sobrescritos, se ponha, sendo para Grande Eclesiástico, o tratamento de Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor, e sendo para Grande Secular, o de Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor (...);
2. Que este mesmo tratamento de palavra e por escrito se possa dar ao Regedor da Justiça da Casa da Suplicação, ao Governador da Relação do Porto, Vedores da Fazenda e aos Presidentes do Desembargo do Paço, da Mesa da Consciência e Ordens, do Conselho Ultramarino (...)
3. Que aos que forem ou tiverem sido embaixadores meus a reis da Europa (...) se fale e escreva da mesma sorte por Excelência.
5. Que aos bispos (...) se fale e escreva por Senhoria Ilustríssima (...) e aos cónegos da Basílica patriarcal (...) por Senhoria.
6. Que aos viscondes e barões (...) se dê o tratamento de Senhoria. (...)
14. E, afim que as pessoas acima nomeadas procurem conservar nos casamentos a distinção que convém ao seu estado e qualidades, hei por bem e mando que se não continuem a dar os Tratamentos acima declarados a qualquer das pessoas referidas se casar sem licença e aprovação minha por escrito. (...)"
Alvará de 29 de Janeiro de 1739